quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Entre sacolas e lixões

Interessante um  vídeo da Agência Brasil postado hoje no A Tarde Online: "Consumo de Sacolas Plásticas diminui nos últimos anos". O vídeo mostra exatamente as desculpas de quem utiliza as sacolinhas: reutiliza para jogar fora o lixo doméstico, além de que sempre esquece as retornáveis. Admito que são dois motivos fortes que, inclusive se aplicam a mim (sim, confesso, às vezes esqueço a ecobag em casa e uso as de plástico =/ ). Porém não devemos nos esquecer que a mudança de hábitos é necessária para que o feitiço não vire contra o feiticeiro. Não é preciso ir muito longe, basta ligar a Tv ou acessar algum portal nacional para ver as dramáticas enchentes que estão acontecendo (no Rio, SP e Ceará) e  perceber com o descarte incorreto desse material pode ocasionar grandes tragédias. Tudo começa com uma bobagenzinha: a embalagem do lanche jogado pela janela do carro, por exemplo e entope nosso sistema ineficiente de drenagem (os bueiros) e só rolar a chuvinha e lá vamos nós, todo nosso lixo água acima, soterrando casebres e pessoas e adoentando outras tantas.  O próprio Jornal A Tarde de hoje ilustra aonde vai parar as sacolinhas que adquirimos nos supermercados: em uma das grandes mazelas urbanas, os lixões. Locais que destoam da civilidade e tecnologia produzidas pela mente humana da qual tanto se gaba o homem. Ilha das flores que continuam a existir, mesmo sabendo que  os lixões estão há muito ultrapassados. Já demos um passo, com a regulamentação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em dezembro passado, mas ainda falta muito para a implementação. Falta ainda o principal para uma sociedade desenvolvida: a mudança de mentes. Como ressalta o advogado especialista em direito ambiental Victor Penitente Trevizan, "daqui a alguns anos, se continuar nesse ritmo de produção de lixo, vamos ter que carregar nossos próprios resíduos”.
Para quem não assistiu, vale a pena conferir o documentário de Jorge Furtado, Ilha das Flores. 

3 comentários:

Sr. Boaventura disse...

Uma das coisas que mais me chateia é esquecer as sacolas retornáveis em casa. E, pô, é direto. O costume de sair de casa "sem nada" é muito forte, precisamos mudar muito os hábitos. E é tão simples. Aqui em casa, compramos duas lixeiras pequenas. Dessas vagabundas mesmo. E colocamos nela os plásticos e papéis para reciclagem. É inacreditável como o nosso lixo "comum" diminuiu. Deixou de ser um sacão 80 litros para um pequeno de 20, com folgas.

Sr. Boaventura disse...

Aproveitando:

Moça, coloque um modo de você poder assinar os comentários só com "nome + url". Por causa desse modelo do blogger, eu postei com um blog que não uso há anos. Caso comente algo lá, nem verei. O meu agora é www.cachorroabandonado.com.br

abs

Rai Tourinho disse...

Para você ver Boaventura que com simples hábitos podem mudar grandes coisa. É o trabalho do beija-flor mesmo. Eu sinto em casa a mesma dificuldade de convencer minha ma~e a mudar certos hábitos e a reciclagem é quase impossível porque não tem onde jogar (na lixeira mistura tudo), a única coisa que dá para fazer é seperar mesmo e facilitar o trabalho se alguém for catar. :)